quinta-feira, 9 de julho de 2009

Prova Brasil - Habilidades Essenciais




A caixa-preta da Prova Brasil de Matemática

Com base em estudos sobre as questões da 4ª série, explicamos neste mês quais as habilidades que os alunos devem dominar e como desenvolvê-las

Sua turma está pronta para a Prova Brasil? O exame que avalia o rendimento das escolas públicas do país será realizado de 19 a 30 de outubro. Com o objetivo de auxiliar os professores, o Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgaram em abril uma matriz de referência com as competências e habilidades que os alunos precisam dominar. Com a matriz relativa à 4ª série (5º ano) em mãos, um time de especialistas realizou um minucioso estudo sobre a prova. Nele estão contidas análises de questões e orientações didáticas. Utilizando esse material obtido em primeira mão, NOVA ESCOLA preparou duas reportagens sobre o tema. A primeira sobre Língua Portuguesa - publicada em maio - e esta, sobre Matemática. "O material deve servir como suporte aos professores, ajudando a elevar os níveis de aprendizagem", explica Gisele Gama Andrade, da Abaquar Consultores, coordenadora do estudo.

A Prova Brasil é baseada nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), que, em Matemática, destacam quatro blocos de conteúdos: Espaço e Forma, Números e Operações, Grandezas e Medidas e Tratamento da Informação. Todos serviram de base para a criação de 28 descritores, que, como o próprio nome revela, descrevem as habilidades e competências a serem testadas. O maior número deles se refere ao bloco Números e Operações. "Em geral, os conteúdos desse tema são os mais trabalhados em sala nos quatro anos iniciais", explica Edda Curi, docente da Universidade Cruzeiro do Sul, em São Paulo, e uma das autoras do estudo. "Na Prova Brasil, no entanto, as questões referentes aos quatro blocos são distribuídas de forma equilibrada."
Para medir os níveis de aprendizagem, a avaliação propõe questões com diferentes graus de dificuldade mesmo dentro de um mesmo descritor. "Com isso, é possível saber até onde a formação foi aprofundada", explica Gisele. As questões são de múltipla escolha e as crianças têm que indicar a correta entre quatro ou cinco alternativas apresentadas.

Nos quatro primeiros links ao lado, você encontra a análise de questões referentes a seis descritores de Matemática. Além disso, para que você possa melhorar a aprendizagem da garotada, orientações didáticas referentes a cada bloco foram preparadas por Edda Curi juntamente com Daniela Padovan, mestre em didática da Matemática e coordenadora pedagógica da rede municipal de ensino de São Paulo, e Priscila Monteiro, coordenadora da formação em Matemática da prefeitura de São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, e formadora do projeto Matemática É D+, da Fundação Victor Civita (FVC), também coautoras do estudo do Inep.

HABILIDADES ESSENCIAIS
Espaço e Forma (D1 – Identificar a localização/movimentação de objeto em mapa, croquis e outras representações gráficas; D2 – Identificar propriedades comuns e diferenças entre poliedros e corpos redondos, relacionando figuras tridimensionais com suas planificações; D3 – Identificar propriedades comum e diferenças entre figuras bidimensionais pelo número de lados e pelos tipos de ângulos; D4 – Identificar quadriláteros observando as posições relativas entre seus lados (paralelos, concorrentes, perpendiculares); D5 – Reconhecer a conservação ou modificação de medidas do perímetro, da área em ampliação e/ou redução de figuras poligonais usando malhas quadriculadas);
Números e Operações (D13 – Reconhecer e utilizar características do sistema de numeração decimal, tais como agrupamentos e trocas na base 10 e princípio do valor posicional; D14 – Identificar a localização de números naturais na reta numérica; D15 – Reconhecer a decomposição de números naturais nas suas diversas ordens; D16 – Reconhecer a composição e a decomposição de números naturais em sua forma polinomial; D17 – Calcular o resultado de uma adição ou subtração; D18 –Calcular o resultado de uma multiplicação ou divisão de números naturais; D19 – Resolver problemas com números naturais, envolvendo diferentes significados da adição ou subtração: juntar, alteração de um estado inicial (positiva ou negativa), comparação e mais de uma transformação (positiva ou negativa); D20 – Resolver problema com números naturais, envolvendo diferentes significados da multiplicação ou divisão: multiplicação comparativa, ideia de proporcionalidade, configuração retangular e combinatória; D21 – Identificar diferentes representações de um mesmo número racional; D22 – Identificar a localização de números racionais representados na forma decimal na reta numérica; D23 – Resolver problemas utilizando a escrita decimal de cédulas e moedas do sistema monetário brasileiro; D24 – Identificar fração como representação que pode estar associada a diferentes significados; D25 – Resolver problemas com números racionais expressos na forma decimal envolvendo diferentes significados da adição ou subtração; D26 – Resolver problemas envolvendo noções de porcentagem (25%, 50%, 100%),
Grandezas e Medidas (D6 – Estimar a medida de grandezas utilizando unidades de medida convencionais ou não; D7 – Resolver problemas significativos utilizando unidades de medida padronizadas como km / m / cm / mm, kg / g / mg, l / ml; D8 – Estabelecer relações entre unidades de medida de tempo; D9 – Estabelecer relações entre o horário de início e término e/ou o intervalo da duração de um evento ou acontecimento; D10 – Num problema, estabelecer trocas entre cédulas e moedas do sistema monetário brasileiro, em função de seus valores; D11 – Resolver problemas envolvendo o cálculo do perímetro de figuras planas, desenhadas em malhas quadriculadas; D12 – Resolver problemas envolvendo o cálculo ou a estimativa de áreas de figuras planas, desenhadas em malhas quadriculadas) e
Tratamento da Informação (D27 – Ler informações e dados apresentados em tabela; D28 – Ler informações e dados apresentados em gráficos (particularmente em gráficos de colunas).


Fonte: http://revistaescola.abril.com.br

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Invenção de professor do PR revoluciona ensino de matemática para cegos


Instrumento permite entender gráficos, equações e geometria.
Desenvolvido depois, software está em fase de comercialização.

Depois de conhecer o Multiplano, o estudante decidiu estudar ciências da computação (Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo)

Há dois meses morando em Curitiba, Lucas Falcão Radaelli, 17 anos, é o primeiro aluno cego do curso de ciências da computação da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Isso foi possível graças a uma ferramenta pedagógica desenvolvida por um professor do Paraná e que está revolucionando o ensino da matemática para deficientes visuais.

Batizado de Multiplano ( www.multiplano.com.br ), a invenção foi apresentada na semana passada, em Brasília, na II Conferência Internacional de Tecnologia Social, que contou com a presença de representantes de nove países.

A invenção do professor Rubens Ferronato, de Cascavel (PR), permite entender conteúdos de matemática, como gráficos, equações, funções e conceitos de trigonometria e geometria, que dificilmente são compreendidos sem desenhos feitos pelo professor no quadro.

Em uma placa perfurada, o professor coloca alguns pinos e elásticos para formar, por exemplo, figuras geométricas, e o estudante usa o toque para entender o desenho.

“Meu pai ficou sabendo que ele [Ferronato] estava desenvolvendo a ferramenta quando eu estava na 8ª série. Passei a ter aulas particulares na casa do professor”, lembra.

O material, que chegou a ser apelidado de Lego por seus colegas de classe, ajudou Radaelli a perceber melhor sua paixão por matemática. “Ia fazer direito mais por influência de outros deficientes visuais, porque dificilmente eles se aventuram na área de exatas”, diz.

Prêmios

O instrumento foi produzido artesanalmente pelo professor Ferronato para o uso e capacitação de 200 professores no Paraná, rendeu quatro prêmios na área de educação, recebeu recomendação do Ministério da Educação (MEC) para a aplicação em toda a rede de ensino brasileira e começou a ser comercializado em todo o país, também na versão digital. Ele pode ser usado tanto para alunos das séries iniciais do ensino fundamental quanto para estudantes do ensino superior.

A dificuldade em conseguir ensinar conteúdos da disciplina de Cálculo Diferencial para um aluno deficiente visual numa sala do curso de Ciência da Computação, da União Pan-Americana de Ensino (Unipan) levou Ferronato a prometer que iria trazer um novo material para que pudesse explicar melhor. “Os métodos convencionais não surtiam efeito diante das complicações gráficas propostas pela disciplina”, lembra.

O primeiro multiplano produzido na época para o aluno Ivã José de Pádua, hoje com 29 anos, era feito de uma placa de eucatex, elásticos e rebites que permitiam montar um plano cartesiano. Assim, o estudante começou a entender como funcionavam os eixos “X” e “Y”.

Além disso, trouxe a possibilidade de Ivã produzir seus próprios gráficos. “Não existiam materiais como aquele. Os outros tinham de montar os gráficos junto com a pessoa cega, com cola plástica, por exemplo”, lembra o ex-aluno.

Ensino de matemática

Ivã acabou desistindo do curso de ciências da computação por vontade própria, mas fez parte de um grupo de alunos cegos que contribuiu para a melhoria do desenvolvimento do Multiplano, que, na opinião do professor Ferronato, também pode ser aplicado no ensino de matemática de alunos que enxergam.

O que mais impressionou foi a inclusão. Antes o Ivã era um aluno isolado. Depois passou a fazer o papel de monitor da sala”, diz.

Um ano após a descoberta do Multiplano, foram iniciadas as pesquisas para o desenvolvimento de um software similar à ferramenta pedagógica. Hoje o software, chamado de Multiplano Virtual, já está em fase de comercialização por uma empresa curitibana. A diferença do Multiplano concreto são as percepções auditivas. Os dois métodos podem ser usados de maneira complementar.

Primeiro o aluno deficiente usa o Multiplano Concreto para compreensão e memorização por meio da percepção tátil e a partir disso está apto para usar a ferramenta virtual, aplicada no computador com percepção auditiva, para aperfeiçoar seus conhecimentos”, explica Ferronato.

(* Com informações do Jornal Gazeta do Povo)

http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0,,MUL1094549-5604,00-INVENCAO+DE+PROFESSOR+DO+PR+REVOLUCIONA+ENSINO+DE+MATEMATICA+PARA+CEGOS.html

domingo, 28 de junho de 2009

Matemática in concert - Potência song



http://sportv.globo.com/Sportv/2009/videos/0,,SRI1040264-17088,00-MATEMATICA+IN+CONCERT+POTENCIA+SONG.html
Para apreciação!!

Para você a matemática é um bicho de sete cabeças?? E Potência? Aqui neste vídeo você conhece alguns conceitos de potência, entre eles a adição e subtração de potência de mesma base.

Confira aula sobre inequação matemática

Para apreciação!!!



http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1032708-7823-CONFIRA+AULA+SOBRE+INEQUACAO+MATEMATICA,00.html

“Eficácia do professor é a chave para a aprendizagem”


A educação é essencial ao desenvolvimento econômico, e profissionais que não sabem ensinar prejudicam os alunos. A tese é de Eric Hanushek, professor da Universidade Stanford e doutor em economia pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos. ´O bom professor é aquele com quem os alunos aprendem e isso independe de titulação ou remuneração´, afirma o autor de pesquisas que contribuem para o redirecionamento de políticas públicas educacionais


O senhor é apontado como autor da mais extensa pesquisa já feita sobre os efeitos de um bom ensino no crescimento econômico. Os governantes têm a devida compreensão do impacto da educação na economia?

Praticamente no mundo inteiro há o reconhecimento de que em que a educação é elemento essencial para o desenvolvimento das pessoas. Muitos, contudo, não entendem bem qual o impacto da educação na desenvolvimento econômico de um país. Também não entendem que mais importante que o tempo de permanência na escola é o que os alunos estão aprendendo.

Como dimensionar os impactos produzidos na economia pelo processo educacional?

A melhor preparação dos alunos permite que eles cheguem mais capazes e competitivos ao mercado de trabalho. Se o governo der início hoje a uma política pública de melhoria da qualidade da educação, os impactos serão sentidos em pouco anos, quando os estudantes se transformarem em mão-de-obra ativa.

Sobre isso, o que apontam suas pesquisas?

Nos últimos 20 anos, os economistas tentaram entender por que alguns países crescem mais que outros. E o primeiro fator a ser considerado é a formação da mão-de-obra, ou seja, o capital humano, que pode ser medido pelas habilidades e conhecimentos de cada um. Nosso cálculo é de que se o investimento tiver sido feito em 2005, o PIB do país estará 10% mais alto que o atual em 2025. Isso significa que os ganhos do Produto Interno Bruto compensariam todos os gastos com o ensino público.

Em suas publicações, o senhor observa que apesar de o gasto por aluno no território americano ser maior que na Europa, isso não impacta diretamente na qualidade do ensino. O que seria, então, fundamental ao processo de aprendizagem?

A educação é a chave para o desenvolvimento econômico, mas profissionais que não sabem ensinar atrasam a vida de alunos em todos os países. O bom professor é o elemento essencial ao bom aprendizado.

Que parâmetros poderíamos utilizar para conceituar um bom professor?

O bom professor é aquele com quem os alunos aprendem. E esse profissional é tão importante que é capaz de minimizar as diferenças entre uma criança de família rica e outra menos favorecida socialmente.

E qual é a forma de identificar os melhores profissionais?

Não há formação acadêmica nem diploma que garantam que alguém está apto a ser bom professor. Não há relação direta entre ter mestrado ou doutorado com o aprendizado dos estudantes. Somente a prática é capaz de revelar a aptidão para o magistério. É fundamental que o poder público possa demitir quem não dá conta do recado.

Como fazer isso?

Uma das opções para resolver o problema seria adotar contratos de experiência por cinco anos. Depois, profissionais com fraco desempenho seriam dispensados, como acontece em outras profissões. Outra saída é a aposentadoria compulsória. O que não se deve permitir é que maus professores dificultem o processo de aprendizagem. Pode até não ser agradável, contudo em certos casos, é melhor pagar professores para não estarem na sala de aula, já que estão fazendo mal a nossas crianças.

Qualificação e o tempo de estudo não contam?

É preciso investir mesmo na qualificação dos bons profissionais. Nenhuma política é mais eficiente do que a identificação e gratificação dos professores eficientes, daqueles que são capazes de estimular nos alunos o gosto pelo estudo e de repassar o conhecimento. É preciso haver uma política de premiação dos talentosos. É necessário uma remuneração por desempenho.

E de substituição?

Se houvesse apenas uma política de substituir os maus pelo professor mediano ainda assim haveria uma grande repercussão para as crianças. Nos Estados Unidos, todos sabem na escola quem são os maus professores: os diretores, os outros professores, os alunos, até o pessoal da limpeza sabe. Porém, há uma resistência às mudanças. As medidas pensadas para a educação incluem currículo, reforma no prédio da escola (...), nenhuma chega perto de mexer na força de trabalho do professor. E isso acontece também no Brasil e no resto do mundo. Independentemente da luta por isonomia dos sindicatos, o correto é adotar um programa de identificação e, depois, de manutenção dos bons. E com certeza a eficácia dos professores em sala de aula é a chave para o problema da aprendizagem infantil.

No Ceará, o governo do Estado já anunciou, em meados deste mês, que as notas dos alunos irão interferir na remuneração dos professores. Ou seja, esse projeto se coaduna com tese que o senhor defende. Mas como evitar que professores aumentem as notas ou aprovem alunos para ser beneficiados?

Para evitar esse risco, poderia haver um julgamento externo das notas dos alunos. Na verdade, o desempenho de todos numa escola deve ser verificado, até mesmo o do diretor. Nos Estados Unidos, os professores são avaliados também pelo absenteísmo. É preciso pensar todas as formas de fazer o ensino ser mais eficiente.

Mas o que pode fazer um professor eficaz por uma criança pobre, com pais analfabetos e sem acesso à leitura?

Um bom professor durante três ou quatro anos na vida de uma criança pode compensar as desvantagens que sofre um aluno que vem de uma família em condições socioeconômicas inferiores. Pesquisas comprovam isso.

Que conclusões podemos tirar da análise dos últimos resultados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa)?

Nos Estados Unidos, podemos concluir que a substituição de 10% dos piores professores elevaria a nota média do país em quase 50 pontos na prova de Ciências. No caso brasileiro, acredito que a substituição faria o país encostar em Portugal, subindo da 52 ª posição para a 37ª ano Pisa.

Qual a importância do aumento do acesso à escola pública como indicador de melhoria no ensino?

Nem sempre o aumento do número de crianças na escola significa que a educação de um país esteja melhorando. Uma das comprovações disso é o fraco desempenho do Brasil nas avaliações internacionais, como o Pisa. No último ranking, o Brasil ocupou o 48º lugar (entre 57 países) em Leitura; 53º lugar em Matemática (entre 56); e 52º lugar em Ciências, dentre todos os participantes. E essa foi uma das piores classificações da lista.

Apesar de as inteligências múltiplas já serem reconhecidas, inclusive a interpessoal e a intrapessoal, no Ceará e em outros estados as escolas não demonstram grandes preocupações com a educação emocional de seus alunos. Qual a opinião do senhor sobre isso?

Considero que as pessoas devam ser educadas emocionalmente e que tenham suas diferentes habilidades e competências reconhecidas e estimuladas. Todavia o mais importante é garantir as suas necessidades básicas de formação e de conhecimentos.

Mudando um pouco de assunto, eu gostaria de saber a respeito do reforço escolar. Alguns educadores apontam o risco de vir a ser uma muleta para o estudante, que poderia não prestar a devida atenção ao que é ministrado em sala de aula confiante no reforço que teria posteriormente. Concorda?

Alguns pais possuem poder aquisitivo suficiente para oferecer reforço escolar para seus filhos, mas outros não. Então, ou deveríamos garantir aos pais que não podem condições de arcar com o reforço escolar de seus filhos ou, melhor ainda, seria o governo possibilitar para todas as crianças oportunidades de um aprendizagem.

O que pensa sobre o ensino a distância, em crescimento no mundo e também no Brasil?

As pessoas argumentam que as novas tecnologias são boas ou que responderão a muitos problemas. Hoje, nos Estados Unidos em quase todas as casas há um computador. Mas é preciso lembrar que não existe um curso que seja ministrado inteiramente à distância. A educação é uma cadeia, que envolve decisões sobre currículo, preparação das aulas e o contato, em maior ou menor escala, do professor com os alunos.

Levando em consideração que os investimentos em educação trazem mais retorno em médio ou longo prazos, como fazer para evitar que a educação não seja atrelada aos interesses políticos, que são de curto prazo?

Não se sabe. A política e as práticas costumam estar atreladas. Eu tinha um amigo que dizia ser melhor primeiro tentar mudar os políticos (risos). Bem, uma saída seria divulgar as práticas, mostrar o que se faz nas escolas, os investimentos em educação e em capital humano.

Qual o papel dos pais na educação infantil?

É enorme. Pais com mais educação formal podem de várias maneiras estimular a aprendizagem dos filhos. Mas nos Estados Unidos, assim como em outros países, o governo não quer interferir nas famílias, não quer dizer como elas devem viver. Por isso, prestam mais atenção na escola e no professor.

MOZARLY ALMEIDA
Repórter

FIQUE POR DENTRO
Pesquisador é um dos mais influentes nos EUA

O professor e pesquisador norte-americano Eric Hanushek foi o convidado internacional do Seminário Educação e Desenvolvimento, promovido pela Fundação Itaú Social no Museu da Escultura na cidade de São Paulo (SP), no último dia 24.

Integrante de algumas comissões de educação de alto nível no estado da Califórnia, o palestrante é autor de diversos livros, entre eles ´´A Reforma no Sistema de Educação Pública´´. Hanushek também é hoje um dos mais influentes estudiosos do impacto do investimento em Educação no desenvolvimento econômico de um país.

Participaram do seminário ainda Maria Helena Castro, professora da Unicamp; Naércio de Menezes Filhos, da USP; e Ricardo Paes de Barros, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O Diário do Nordeste foi o único jornal cearense a cobrir o evento.


Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=650294

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Escolas terão dez mil salas com recursos multifuncionais



O MEC (Ministério da Educação) promete oferecer, até o final do ano, dez mil salas de recursos multifuncionais às redes de ensino públicas. A medida pretende apoiar estados e municípios a atender os alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, matriculados nas classes comuns das escolas públicas.

As secretarias de educação de estados e municípios devem indicar as escolas que receberão as salas este ano, via internet. De acordo com a cota do município, a secretaria de educação deve escolher as escolas. A entrega dos equipamentos, mobiliários e recursos que compõem as salas de recursos multifuncionais deve ser iniciada em novembro. Entre 2005 e 2007 foram entregues 5.550 salas.

Agora alguns questionamentos: As salas de informática do seu município funcionam? Humm,... alguns municípios e escolas em que visito não vejo isso sendo efetivado. Podem até existirem computadores com recursos de multimídias, mas será que estão instalados e seus profissionais sabem utilizá-los adequadamente? Se a resposta for negativa, este projeto tenderá a ficar sem serventia.

Contribuição: http://blog.opovo.com.br/educacao/

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Inscritos para Olimpíada de Matemática chegam a 19 milhões


BRASÍLIA - Neste ano, 19,2 milhões de estudantes da rede pública devem participar da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). O concurso, que já está em sua quinta edição, é direcionado a estudantes da 5ª à 8ª séries do ensino fundamental e do ensino médio.


O número de inscritos na olimpíada cresce a cada ano. Em 2005 foram 10,5 milhões de alunos de 31 mil escolas. Em 2009 participam 43,8 mil unidades de ensino em 99,1% dos municípios. A competição é realizada em duas fases: a primeira prova será em 18 de agosto e a segunda em 24 de outubro. A divulgação dos resultados está prevista para 11 de dezembro.


Assim como as diversas competições educacionais realizadas no país, a Obmep tem como principal objetivo incentivar o ensino da matemática e descobrir jovens talentos nas escolas. Os vencedores ganham medalhas de ouro, prata e bronze, além de bolsa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para participarem do programa de iniciação científica da competição.

A Obmep é promovida pelos ministérios de Ciência e Tecnologia e da Educação, em parceria com o Instituto Nacional de Matemática Pura Aplicada (Impa) e a Sociedade Brasileira de Matemática. Mais informações no site da Obmep 2009.


Site: obmep.org.br


Fonte: http://www.dci.com.br/noticia.asp?id_editoria=9&id_noticia=287807